O Amor Não é Suficiente - É preciso treinar habilidades relacionais

 

Viver a dois é uma oportunidade mágica de vivenciar as emoções mais intensas de intimidade, confiança e amor.

Porém, a vida em comum apresenta desafios que o amor sozinho não é capaz de superar. Ele precisa que os amantes desenvolvam suas habilidades relacionais.

E o que são essas habilidades? Elas englobam algumas competências como reconhecer o próprio limite e saber defendê-lo, reconhecer os limites do outro e saber respeitá-los, comunicar o que sente, dizer sem medo o que deseja e saber ouvir sem julgar quando o cônjuge se expressa.

Dentre as muitas habilidades, algumas têm um impacto mais direto na relação e são passíveis de serem compreendidas, treinadas e aprendidas.

Que tal fazer elogios? Que tal dizer “Obrigado”? Que tal dizer “Por favor”? Que tal encontrar algo agradável para comentar a respeito do outro? Que tal combinar um jantar fora com o único motivo de lembrar de todas as vezes em que deram risadas juntos? Que tal citar alguns momentos desagradáveis e decidir perdoar e esquecer por completo, definitivamente, esses eventos?

Que tal reservar umas horas no último final de semana de cada mês para fazer um balanço de tudo o que foi vivido nesse período? Que tal saldar eventuais débitos por críticas, atitudes inadequadas, falta de comportamentos amorosos, momentos de mau humor, etc. pedindo desculpas ou combinando um “castigo” como, por exemplo, realizar alguns atos especiais de gentileza e afeto no próximo mês? Que tal terminar esse “amoroso acerto de contas mensal” com tudo esclarecido, com tudo perdoado, sem direito a reclamações posteriores por tudo que foi vivido?

Já pensou que delícia seria começar cada mês com os ombros leves por não ter que carregar o peso de erros passados, sem se sentir sufocado/a por reclamações sem fim, por citações incessantes das falhas cometidas?

Consegue imaginar como isso constitui um novo começo? É como iniciar uma nova dança, como começar um novo namoro!

Explicitar o que tem que ser feito, é fácil. A verdadeira questão, porém, não é “o que fazer?” A pergunta que leva os casais a um novo patamar de intimidade e cumplicidade é “como fazer?”.

E a resposta é simples: treinamento.

Soa estranho? Sim, de fato. Mas o que é realmente estranho é que não nos preparamos responsável e consistentemente para algo tão desejado, tão valioso quanto uma relação amorosa. O estranho é querer “instintivamente” dar conta das sutilezas e complexidades de uma relação afetiva.

Não fazemos isso em outras áreas de nossa vida. Nunca nos ocorreria, por exemplo, apresentar-nos para uma entrevista de emprego dizendo que nada lemos sobre o assunto, temos pouca experiência, nada entendemos da tarefa a ser realizada, mas confiamos em nossa competência “instintiva”.

Porém, fazemos exatamente isso em nossos vínculos afetivos. Sem estudar a respeito, sem entender como os sentimentos surgem e são mantidos, sem identificar os comportamentos e atitudes que fazem uma verdadeira diferença na interação amorosa, sem treinar o gerenciamento emocional, nos julgamos aptos a estabelecer uma relação satisfatória e feliz.

Não surpreende que enfrentemos dificuldades depois de alguns meses de relacionamento. Tampouco surpreende que a relação viva momentos críticos ao passar por mudanças nas regras do jogo como a chegada de um filho, ou outras que desestabilizam a situação inicial como o desemprego de um dos cônjuges.

É preciso ler, é preciso informar-se, é preciso treinar atitudes e comportamentos que tornam a pessoa mais competente na arte de gerar e manter emoções construtivas, benéficas e agradáveis em si e no outro.

Há muito a aprender e treinar. Para falar disso tudo, ministrarei uma palestra gratuita na quarta-feira 30 de junho.

Se quiser partilhar de reflexões sobre o assunto, faça sua reserva e participe. 30 de junho as 20h - Fone (019) 32031918

www.isvara.com.br

Grande abraço,
Andrês De Nuccio

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